sexta-feira, 25 de maio de 2012

Crise existencial


 O processo de evolução espiritual da humanidade é muito lento. Alguns dão um passo para a frente em mil anos. Se alguém se realiza plenamente, é um redentor da humanidade. Jesus estava a ponto de chegar a essa perfeição. Quem entre nós, seres humanos, poderia desafiar publicamente amigos e inimigos, perguntando, como Jesus o fez: "Quem de vós é capaz de me acusar de um só pecado?" Para se fazer um desafio como este é preciso estar em absoluta sintonia com as leis cósmicas. Isso, para mim, é plenitude, bondade. Bondade é estar em sintonia com as leis do infinito. As religiões chamam as leis cósmicas de Deus, eu chamo de leis cósmicas. Esta é a diretriz que o homem integral deve ter em mente: a auto-realização de uma pessoa favorece outras.
Ninguém pode converter ninguém com palavras. 
Podemos converter alguém pelo que somos, nunca pelo que dizemos.

 A maior crise do homem moderno continua sendo existencial, uma caótica frustração existencial. No passado o homem tinha perdido seu caminho, agora ele perdeu também o próprio endereço. Não sabe mais qual o seu destino nem a finalidade da sua existência. Chega até a negar a existência de uma finalidade. O homem está perdendo a noção da sua existencialidade. Escritores e filósofos proclamam abertamente que a vida humana não tem finalidade alguma e que o homem é um mero joguete no acaso de nascer, viver e morrer. Esta é à típica visão anticósmica da existência. É o resultado da instrução do ego periférico, sem a educação do homem integral. Não adianta correr cada vez mais. O que falta ao homem moderno é uma orientação, no meio dessa desorientação geral. Por exemplo: é preciso saber se todo esse progresso científico tem uma razão de ser. O progresso da ciência, para Einstein, é uma coisa maravilhosa. Mas a ciência não pode dar ao homem nenhuma finalidade certa da sua existência terrestre. Esta é a razão da crise existencial que está levando a humanidade á agonia.
Os profetas e clarividentes de todos os tempos prevêem uma catástrofe universal para o fim do segundo milênio. Essa tragédia não é outra coisa senão o resultado final da caótica frustração que o homem vive.
O homem da frustração existencial é sempre infeliz, mesmo no gozo do sucesso social. 
O homem da realização existencial é sempre feliz, mesmo sem o gozo do sucesso social.

Huberto Rohden

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