sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Mensageiros da esperança

Abro um espaço neste blog para postar um artigo de um amigo, professor, pastor, e acima de tudo " gente boa" Fábio Bauab . Já vou fazendo um comentário sobre o artigo que li e gostei, o que é normal vindo dele.
Uma verdadeira lição esta hitória nos tráz, passamos por situações parecidas nos nossos dias, há momentos que é dificil falar bem ou ajudar pessoas que nos decepcionam, que pisam na bola, que jogam no time adversário, mas quando fizemos o bem, há uma grande surpresa e reviravolta nas situações. Como diz uma música gospel " quando perde é que se ganha". Deixa pra lá, melhor mesmo é ler este artigo.
Mensageiros da esperança
A história de Naamã, chefe do exército do Rei da Síria, comumente é utilizada para falar sobre cura. No entanto, há um detalhe nesta história que passa despercebido por aqueles que buscam mensagens entusiásticas. Refiro-me à jovem responsável por chegar até Naamã a boa-nova de esperança.

Diz as Escrituras (II Rs 5:2-3) que esta jovem fora feita escrava pelas tropas da Síria e ficou a serviço da mulher de Naamã. Uma jovem (não sabemos a idade) que antes era livre e que agora se encontrava presa. Uma jovem que antes habitava no convívio dos seus e que agora fora levada para longe de sua terra. Uma jovem que tinha tudo para se aborrecer com a vida e com todos. Mais ainda, tinha a oportunidade de se vingar do chefe do exército que a aprisionou.

No entanto, ela decide contrariar toda esta expectativa natural de vingança e anuncia à sua senhora uma mensagem de esperança para Naamã: “Oxalá que o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria: ele o restauraria de sua lepra” (v.3).

A atitude desta menina exterioriza dois princípios ensinados no Novo Testamento. O primeiro se encontra em Rm 12:21, em que Paulo nos instrui a não pagarmos o mal com o mal, mas vencermos o mal com o bem. Esta menina nos mostra que este princípio não é um idealismo. Antes, é uma realidade possível de ser praticada por todos nós.

O segundo princípio está alinhado com a responsabilidade deixada por Jesus aos discípulos e, conseqüentemente, à sua igreja, a saber, anunciar a mensagem de esperança a toda criatura. Sim, anunciar o evangelho é anunciar a esperança. Portanto, todo discípulo é chamado para ser um mensageiro da esperança, um semeador de boas-novas.

Esta é a nossa missão como cristãos, como homens e mulheres que entendemos e abraçamos a fé buscando vivê-la integralmente.

Ser discípulo é compreender a si mesmo como portador de uma mensagem transformadora. Ele(a) é uma pessoa que, apesar dos entraves e dos ditames das instituições humanas, apesar das lutas pessoais e das adversidades que enfrenta, cumpre com a sua missão ao longo de sua jornada. É um andarilho que carrega consigo a semente que transforma vidas, que combate estruturas sociais de pecado e que encontra na valorização do ser a concretização da mensagem do Reino de Deus.

Neste sentido, somos todos desafiados, diariamente, a anunciar e viver esta esperança. Anunciar e viver a mensagem do Verbo que se fez carne, isto é, do Deus que se identificou com todo(a) aquele(a) que sofre injustiças e padece desigualdades. A mensagem do Deus que liberta o oprimido de sua opressão (espiritual e material), que faz justiça ao órfão, à viúva e ao necessitado.

Você professa a fé cristã? Então você foi chamado para ser um mensageiro da esperança. Olhe a realidade ao teu redor e perceba como é possível contribuir para o evangelho. Está alguém necessitado? Ajude-o! Está alguém faminto? Alimente-o. Está alguém mal vestido? Vista-o! Está alguém desanimado? Anime-o! Certamente há algo que você pode fazer.

Deus te abençoe nesta caminhada de fé e te capacite a ser um MENSAGEIRO DA ESPERANÇA!


Fábio Bauab

3 comentários:

  1. Caro Fábio, vc poderia desenvolver a "Teologia da Esperança" Segundo Paulo Freire, esperança do verbo esperançar.

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  2. Caro Fábio:
    Eu liguei para o general Naamã só prá checar o ocorrido, ele me atendeu muito bem e confessou estar realmente curado da lepra. Estou certo também que o milagre deixou o cara mais humilde.
    Creio que não é nenhum pecado dar uma checada nas coisas que dizem estar acontecendo. Tem muita propaganda falsa.
    Também toquei no assunto da menina. Segundo Naamã a menina é de cor, tem 15 anos e é mãe solteira, parece que nasceu no complexo do alemão, RJ, o bebê provavelmente está com uma tia no interior do Paraná.
    A princípio ele não esboçou nenhuma gratidão à menina, ficou conversando sobre sua viagem a Israel, falou da maneira que sua cura ocorreu. Depois de algum tempo, voltei ao assunto da menina, que segundo ele se chama Eliete.
    Sugeri a ele que aquelas doações que o profeta Elizeu havia recusado - tendo em vista que o profeta não tinha uma grande estrutura ministerial para manter - e que ele havia dado ao aspirante de profeta, Geazi o espertão (qualquer semelhança com muitos obreiros de hoje é mera coincidência) fossem aumentadas e repassadas para Eliete, pois a menina como escrava não tem nenhuma perspectiva de vida, e a ajuda com toda certeza trará esperanças para a menina. Sugeri, caso ele não tenha muito tino em responsabilidade social que pelo menos o faça como uma forma de gratidão.
    Fábio, vc focou, e muito bem, diga-se de passagem, na mensagem de esperança que a menina trouxe ao general. Gostaria que vc deixasse uma mensagem de esperança pra essa menina, porque eu não sei se Naamã vai acatar minha idéia.
    Eu gostaria que ele pudesse ser livre da escravidão. Caso tivesse que escolher entre a menina livre ou o general curado, eu escolheria os dois.
    Abraços inclusivos.

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  3. Pois é Alcino, não me causa espanto o fato do general não esboçar gratidão à menina que lhe apresentou a esperança. Isto é comum em relatos bíblicos. Parece que o próprio Deus não faz muita questão em esconder este traço da humanidade (mal)criada.
    Quanto à mensagem para a menina, acho que anunciaria a ela o Deus Sofredor, tendo em vista que, provavelmente, ela conheça apenas o Deus libertador.
    O Deus sofredor é aquele que se identifica com os marginalizados, os oprimidos, os injustiçados e os conclama a serem agentes ativos no próprio processo de libertação e não meros espectadores.
    Este Deus libertador é o Deus que gera em nós a esperança do verbo esperançar, que é diferente do verbo esperar. Este nos conduz à passividade, já o primeiro nos induz à militância social. Alguém poderia chamá-la de subversiva, mas...
    Este é o Deus sofredor. Pode alguém perguntar: Deus sofre? Respondo eu: Deus ama? Se ele pode amar, porque não pode sofrer? Esta teologia apofática é muito mais grega do que bíblica. Termino com o pensameto de Moltmann. Ele nos diz que o sofrimento em Deus não é fruto da carência de ser, mas sim, fruto da superabundância de seu ser: amor. UAU!
    Infelizmente não sei conjugar o verbo que você pediu, gostaria muito de aprender. Abraços!

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