sábado, 15 de janeiro de 2011

Durma com um barulho desses

     Quando as pessoas começam a ir além da caridade em direção à justiça e solidariedade com o pobre e oprimido, como Jesus fez, elas encontram problemas.
     Uma vez que nos tornamos amigos de verdade de pessoas oprimidas, começamos a perguntar porque as pessoas são pobres, algo que não é tão popular como doar para caridade.
     Um de meus amigos tem uma camiseta com as palavras do finado bispo católico Dom Helder Camara: ‘Quando eu alimentei os famintos, eles me chamaram de santo. Quando eu perguntei porque as pessoas estavam passando fome, eles me chamaram de comunista.’
     Fazer caridade conquista aplausos e medalhas, mas unir-se aos pobres faz você ser morto.
     Pessoas não são crucificadas por fazer caridade.
     Pessoas são crucificadas por viver um amor que rompe com a ordem social, invocando um novo mundo.      
     Pessoas não são crucificadas por ajudar os pobres.
     Pessoas são crucificadas por se unir a eles.
Shane Claiborne, The Irresistible Revolution.

5 comentários:

  1. Olá Samuel! Esta é a contribuição da teologia latino-americana: promover o engajamento das pessoas nas questões sociais que fazem parte do contexto de cada comunidade eclesiástica. A missão da igreja se desenvolve, portanto, a partir da evangelização e da responsabilidade social.
    Detalhe: Responsabilidade social não se resume a assistencialismo. Mas sim, a um engajamento social que promova inclusão social, emancipação humana etc.
    Abraços

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  2. caro fábio, vc poderia citar alguns exemplos de responsabilidade social desenvolvidos pela igreja
    latino-americana e inclusive sugerir a aplicação de alguns aqui na nossa cidade.
    Como poderemos ir do assistencialismo à responsabilidade?

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  3. Realmente me faz pensar no que estou correndo atrás... se é de medalhas com certeza é facil... mas se estou atras de demonstrar o verdadeiro amor devo chorar com os que choram e sorrir com os que sorriem...

    Devemos estar preparados a ajudar o tempo todo... mas preciso dizer que é dificil... o mais facil é nao fazer nada... nem caridade, nem amizade...

    Preciso(amos) sair da nossa zona de conforto e colocar a mão na massa mesmooooo.

    Lembro de uma vez quando recebi meu chamado missionário, saia nas ruas de Brusque procurando mendigos na madrugada so para dar uma menssaem de paz e compartilhar o amor de Jesus... era maravilhoso... depois davamos um geito de leva-lo à igreja... era a parte mais dificil pelo geito que pessoas olhavam para ele... Bem... minha oração é que o povo de Deus em geral abra não so os olhos do coração como David Quilan canta... mas abram o coração...


    Obrigado pelo post Samuel Muito legal!

    Paulo Cesar Deucher, Missionário

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  4. Olá Alcino, eis a parte difícil: sair da teoria e entrar na prática!
    Bem, vamos por etapas. Quantos aos exemplos concretos, acredito que a igreja católica está à nossa frente. As pastorais (criança, terceira idade etc) podem ser consideradas como bons exemplos de responsabilidade social. Em Londrina conheci uma igreja presbiteriana que também desenvolvia um trabalho fantástico de inclusão social com jovens surdos e mudos. A igreja ensinava a LIBRAS, inseria os jovens no mercado de trabalho e os evangelizava. Um destes jovens formou-se comigo em teologia e hoje é pastor (não tem preço!).
    Quanto a possíveis projetos a serem desenvolvidos na nossa cidade, acredito que o primeiro passo é fazer uma leitura crítica de nossa realidade social. Por melhor que seja uma sociedade sempre existirão mazelas e injustiças. A partir daí é preciso apenas boa vontade para encarnar (literalmente) a mensagem de Jesus.
    Sobre sair do assistencialismo e entrar na responsabilidade social. Bem, o assistencialismo é uma ação necessária para solucionar problemas a curto prazo (cestas básicas, contas de água etc). A responsabilidade social exige projetos a longo prazo que não tenham como meta primária a inserção da pessoa na comunidade de fé, mas sim, a emancipação da vida. Ou seja, fazer o que Jesus fez. Será que Jesus estava preocupado com o número de pessoas que o seguiam?
    Pense comigo, porque ele curou leprosos, cegos, a mulher com hemorragia e fez questão de usar crianças como exemplos? Estas pessoas simbolizam estratos sociais excluídos da vida social e religiosa. A parte visível é a cura, mas a parte sublime é a emancipação da vida, restauração da dignidade e a inclusão social e religiosa (restauração da comunhão com Deus).
    Ufa, espero que tenha contribuído. Abraços!

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  5. vale a pena dar uma olhadinha no filme de Sergio Bianchi, “Quanto Vale ou é Por Quilo?”...

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